Um
relatório oficial que foi remetido à Assembleia Nacional Popular da China, o
legislativo do país, revela que 41,3% dos produtos vendidos nos sites chineses
de comércio eletrônico em 2014 eram falsificados ou de baixa qualidade,
informou nesta terça-feira (3) o jornal oficial "China Daily".
O
documento também mostra que as queixas dos consumidores chineses relacionadas
com as vendas pela internet quadruplicaram no ano passado em relação a 2013,
chegando a 77.800, o que representa 92,3% do total de reclamações.
Apenas
58,7% dos produtos investigados cumpriam com os padrões de qualidade e eram
autênticos.
O
relatório foi elaborado para realizar o acompanhamento da aplicação da Lei de
Proteção dos Direitos e dos Consumidores e foi apresentado ontem em uma reunião
da Comissão Permanente da ANP.
"Ignorar
os direitos dos consumidores e vender falsificações são elementos notórios da
indústria de comércio online", disse Yann Junqi, vice-presidente da
Comissão Permanente da ANP, em declarações citadas pelo "China
Daily".
A
pesquisa do Legislativo evidenciou algumas das lacunas de um setor em plena
ebulição que no ano passado aumentou suas vendas em mais de 40% e faturou 2,8
trilhões iuanes (US$ 442 bilhões).
O
documento também diz que o Ministério do Comércio da China considera que a
venda de produtos falsificados e de má qualidade são as principais preocupações
do setor.
No
mês de janeiro, um estudo preparado pela Administração Estatal de Indústria e
Comércio e pela Associação de Consumidores da China afirmou que 41% dos
produtos vendidos pelas principais lojas virtuais da China eram falsificados.
Essa
pesquisa acabou gerando protestos do site líder do mercado do comércio
eletrônico na China, o Alibaba, e uma troca de acusações entre a empresa e as
autoridades do país, que resultou em um acordo para incrementar o controle
sobre as falsificações.
G1 Tecnologia
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