O casal Charles da Silva Viegas e Maria José Viegas foi preso
em São Paulo (SP) durante operação conjunta com as Polícias Civis do Maranhão e
de São Paulo nesta quinta-feira (26). Eles são donos da construtora El Berite,
que deu nome à operação que investigava o desvio de recursos públicos da saúde
e educação sem qualquer tipo de contrato com a prefeitura da cidade de Bacabal
(MA).
A prisão do casal foi articulada pela Polícia Civil do
Maranhão e operacionalizada pela Polícia Civil de São Paulo. Charles e Maria
José Viegas já tinham residência estabelecida na capital paulista e eram alvo
da investigação, que os localizou e prendeu. Eles responderão, dentre outros
crimes, por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e ocultação de bens.
A investigação da Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor) constatou que a empresa El Berite desviou R$ 4,5 milhões e pulverizou o dinheiro para agiotas, servidores públicos e vereadores. A operação foi concluída com a prisão preventiva de nove pessoas envolvidas.
A investigação da Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor) constatou que a empresa El Berite desviou R$ 4,5 milhões e pulverizou o dinheiro para agiotas, servidores públicos e vereadores. A operação foi concluída com a prisão preventiva de nove pessoas envolvidas.
O delegado Leonardo Bastian, que integra a Seccor, informou
que o ex-secretário de Finanças de São Mateus e contador do
Município, Washington José Oliveira Costa, também teve prisão preventiva
cumprida em
operação de combate à corrupção no município.
Segundo a decisão da Justiça, ele teria assinado cheques no
valor de R$ 110 mil encontrados em poder do suposto agiota Josival Cavalcante
da Silva, conhecido como Pacovan, preso na última semana, na segunda
fase da operação "El Berite", que investiga esquema de agiotagem em
Bacabal, no Estado.
Na operação, já foram presos o ex-prefeito de Bacabal,
Raimundo Nonato Lisboa; os ex-secretários da prefeitura, Aldo Araújo de Brito
(também ex-presidente da comissão de licitação) e Gilberto Ferreira
(ex-tesoureiro); a esposa de Pacovan, identificada como Edna Maria Pereira; e o
filho da ex-prefeita da cidade de Dom Pedro, Eduardo José Barros Costa.
O agiota Gláucio Alencar foi alvo do sétimo mandado de
prisão, acusado de ter recebido dinheiro advindo do esquema, mas já estava
preso por ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá. Ao todo, 17
pessoas foram indiciadas na Operação El Berite II.
Operações contra
agiotagem
A investigação do assassinato
de Décio Sá resultou
na descoberta de um esquema de agiotagem praticado em mais de 40 prefeituras do
Maranhão, encabeçado José de Alencar Miranda Carvalho e Gláucio Alencar Pontes
Carvalho, pai e filho acusados de mandar matar o jornalista.
Além da operação "El Berite", no mês de maio, foram
detidos pelas operações
"Maharaja" e "Morta Viva" o prefeito de Bacuri (MA), Richard Nixon (PMDB); o prefeito de Marajá do Sena
(MA), Edvan Costa (PMN); e o ex-prefeito de Zé Doca (MA) Raimundo Nonato
Sampaio, o Natim, além do suposto agiota Pacovan.
Em março, foi deflagrada a "Operação
Imperador", pela qual foi presa a ex-prefeita de Dom Pedro (MA), Maria Arlene Barros, e o filho Eduardo Costa Barros.
As operações são desdobramentos da "Operação
Detonando", realizada em 2012 após o assassinato de Décio Sá. O jornalista foi morto
a tiros após denunciar a execução do suposto agiota Fábio Brasil, que também
teria sido morto a mando de Miranda e Gláucio Alencar.
G1 Maranhão
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