Profissionais da Fesma já deram assistência a mais de 700 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. (Foto: Divulgação) |
“Dizem que no céu tem socorristas e agora descobri que estes anjos existem aqui na terra também, obrigada meus anjos!”. Foi com essa frase carregada de emoção, que dona Francisca Carvalho, moradora da cidade de Milagres do Maranhão, uma das 30 inseridas no Plano Mais IDH, agradeceu a equipe da Força Estadual de Saúde do Maranhão (Fesma), após ter a vida de seu sobrinho, o pequeno Adriano, que tem menos de um ano, salva graças ao apoio desses profissionais.
Dona
Maria de Nazaré Sousa, mais conhecida como dona Nazir, também reside em
Milagres do Maranhão, e é acompanhada de perto pelos profissionais da Fesma.
Ela tem 64 anos, é hipertensa e diabética e por isso faz parte do grupo
prioritário de atendimentos. “O atendimento é muito bom, me apeguei a eles e ao
carinho que têm comigo. Eu os amo e não quero pra eles irem embora”, afirma
dona Nazir.
A
Força Estadual de Saúde já realizou de abril de 2016 até outubro de 2017, mais
de 733 mil atendimentos nas 30 cidades que fazem parte do Plano Mais IDH. As
equipes são compostas por profissionais de várias áreas da saúde que têm como
metas, reduzir as mortalidades materna e infantil, as complicações por
hipertensão e diabetes e diagnosticar casos de hanseníase.
Além
dos atendimentos os 120 profissionais da Fesma têm como missão dar apoio à
gestão local, de modo que as ações continuem seguindo o mesmo método, sem
causar prejuízos a população mesmo após a saída das equipes dessas cidades. Ao
longo desses quase dois anos, já foram elaborados 150 planos de intervenção,
que orientam as ações desenvolvidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF),
no município, em conjunto com a Força. Também foram realizadas 278 oficinas
temáticas em serviços com equipes locais, para dar continuidade aos processos
de qualificação da Atenção Primária.
Para
o governador Flávio Dino, a Força Estadual de Saúde é uma iniciativa que muda a
cultura política e a forma de ver as políticas públicas, e é uma tarefa tão
grande que se trata de um esforço coletivo. “A Fesma é uma das coisas mais
certas que a gente faz no nosso Governo. É um investimento de longo curso, não
é algo instantâneo, portanto está na contramão da lógica dominante. Tem essa
característica de ser uma opção pelo caminho certo, autenticamente duradouro. E
nós acreditamos muito no trabalho da Fesma”, reiterou o governador Flávio Dino.
As
equipes da Força Estadual de Saúde são um retrato vivo de um governo
vocacionado para servir, principalmente, os que mais precisam do serviço
público. Só que não é um serviço qualquer, estático ou passivo, mas sim, um
serviço que vai aonde está quem mais precisa.
“A
Força Estadual de Saúde tem de especial a sua capacidade de inserção em lugares
remotos para cuidar de pessoas até então esquecidas. Tem essa capacidade de
imersão entre famílias que moram em comunidades rurais, afastadas dos centros
urbanos, em lugares quase inacessíveis nos municípios mais pobres e distantes.
Contudo, muito além disso, essas equipes da Força trabalham focadas e
concentradas no que é mais prevalente e de maior risco”, destaca o secretário
de Estado de Articulação das Políticas Públicas, Marcos Pacheco.
O
secretário diz, ainda, que os profissionais trabalham seguindo o método da
parametrização assistencial. “Isso os obriga a ‘descobrir’ os pacientes mais
vulneráveis e a cuidar deles. Em geral, esses pacientes são crianças que
nasceram com baixo peso, gestantes com gravidez de risco, idosos com
complicações de diabetes e hipertensão. E isso tudo em populações com grandes
fragilidades de sustentabilidade.”
Farmácia Viva
O
Governo do Estado instituiu o projeto estratégico Farmácia Viva, por meio da
Portaria nº 564, de 24 de agosto de 2017. A Farmácia Viva consiste em um
projeto de desenvolvimento das atividades de cultivo, a partir da instalação de
hortas de plantas medicinais, tornando acessível à população assistida a planta
medicinal in natura, e a orientação sobre a correta preparação e uso dos
remédios caseiros.
Os
farmacêuticos e nutricionistas da Fesma são os multiplicadores do conhecimento
nas cidades que possuem equipes da Força. Eles passaram por capacitação para
orientarem as pessoas quanto a forma correta de preparar chás, pomadas, entre
outros produtos, com as plantas medicinais. Além disso, com apoio dos técnicos
da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) e das gestões municipais, constroem
os hortos comunitários, onde são cultivadas as plantas medicinais que ficam à
disposição da população.
Dos
30 municípios do Plano Mais IDH, 28 já aderiram ao projeto Farmácia Viva,
destes, 9 já tem hortos construídos. Por conta dos resultados satisfatórios
desse trabalho, a experiência da Farmácia Viva já foi apresentada em outros
estados, como Pará, Sergipe e Tocantins. Além disso, se tornou projeto de
pesquisa e extensão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Instituto
Federal do Maranhão (IFMA).
A
fitoterapeuta e coordenadora do projeto, Kallyne Bezerra, pontua que “segundo
estudos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), os fitoterápicos podem
substituir aproximadamente 50% dos medicamentos mais prescritos na atenção
primária e possuem grandes benefícios, como redução dos efeitos colaterais,
baixo custo e boa aceitação por parte da população”.
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